Desde a infância estamos envolvidos em situações que nos requer a utilização de cordas.
Quem não teve problemas ao amarrar seu primeiro sapato? E quão difícil não foi perceber a perda do páreo para a ausência deste tipo de conhecimento!
A história da corda, um instrumento de auxílio e extensão, confunde-se com a própria história da humanidade.
Suas várias aplicações são bastante amplas, da construção civil e eletromecânica, passando por utilização "offshore" como amarração de petroleiros e ancoragem de plataformas e nonobóias, além de atividades esportivas e recreativas, até alcançarem as artes e o vestuário. Tudo isso permite-nos afirmar que, apesar de simples, seu uso é quase irrestrito.
O uso das cordas de fibras naturais, bem como sua forma construtiva vem sendo amplamente substituídos pelas sintéticas e formas específicas de construção, a fim de adequar-se às normas técnicas e oferecer segurança àqueles que se submetem a esses elementos tensis:
Cordas de Fibra de Origem Natural
As fibras de origem natural mais utilizadas no fabrico de
cordas são: manilha, sisal, juta, algodão e cânhamo. Geralmente as cordas de
fibra natural levam o nome da planta da qual a fibra foi obtida. Com o objetivo
de aumentar a durabilidade da corda, são impregnadas com óleo durante sua
manufatura, o que lhes confere um aumento de 10% no peso
Cordas de Fibra de Origem Sintética
As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de Cordas
são: poliéster, poliamida, polietileno e o polipropileno, polímeros derivados de
petróleo. as cordas de fibra sintética, quando comparadas as cordas de fibra
natural de mesmo diâmetro, apresentam maior resistência, maior elasticidade e
duram mais.
Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em uma
corda.
Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais
ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Chicote – extremos livres de uma corda, nos quais
normalmente se realiza uma falcaça.
Falcaça – arremate realizado no extremo de uma corda, para
que a mesma não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes da corda por meio
de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nas cordas de fibra sintética
pode ser feita queimando-se as extremidades dos chicotes.
Seio ou Anel – volta em que as partes de uma mesma corda se
cruzam.
Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a
extremidade fixa da corda.
Corda Torcida 3 ou 4 pernas
Muito utilizada nas atividades ligadas
a navegação, náutica e pesca, sua principal característica é a facilidade da
confecção de emendas, alças e costuras. Sua geometria helicoidal garante a
corda um maior alongamento. Eventualmente podem ocorrer o distorcimento ou o
encavalamento das pernas, quando mal construídas ou submetidas a grandes
esforços de tração.
Trançada sem alma
Tem sua aplicação garantida na pecuária
para a fabricação de cabrestos e outros acessórios de montaria. também é
utilizada na fabricação de bolsas e artefatos,. Sua principal vantagem é a
facilidade na confecção de alças, onde sua ponta é introduzida no seu próprio
corpo que é ôco.
Normalmente tem sua resistência à
tração reduzida em relação às suas congêneres.
Trançada com alma
Apesar de introduzida recentemente no
Brasil, este tipo de corda tem tido seu uso ampliado a muitas aplicações e em
todas as regiões. Muito usada na amarração de cargas devido a sua excelente
capacidade de confecção de nós. Na lida com o gado ou mesmo na náutica, sem
emprego é garantido e seguro.
Usada como corda de segurança e
resgate, é utilizada para rapel e em trabalhos de altura que exijam grande
segurança.Existe, neste segmento, a corda para
cadeira suspensa ou trava-queda, especificada conforme portaria M.P. n° 013 de
09/07/2002.
Trançadas especiais
Englobamos nesta categoria as cordas utilizadas na
náutica de vela, as cordas de escalada e de usos especiais.As cordas são utilizadas atualmente nas operações de salvamentos quase que padrão em diversos Corpos de Bombeiros.
Como medida básica de cuidados com os cabos, temos a proteção contra abrasão física
Nós na extremidade de um Cabo
Meia Volta - Usado como base ou parte do outros nós ou mesmo para que o cabo não escorregue das mãos
Volta do Fiador - ( oito simples ) Utilizado como substituto do meia volta, este porém danifica menos o cabo.
Cote- Utilizado como arremate final de um nó.
Nó de Fita.
Usado para amarrar as pontas da fita tubular para se fazer uma solteira. Consiste num nó simples numa ponta da fita, sendo percorrido em reverso pela outra ponta. Para maior segurança deixe pelo menos 6 cm de fita sobrando dos dois lados para fazer um cote.
NÓ PARA EMENDAR CORDAS
Nó direito- Utilizado para emendar cordas de bitolas(diâmetros) iguais.
O nó direito tem algumas variedades, podendo ser nó direito cego esquerdo.
Nó de pescador - Muito eficiente dispersa bem as forças, recorre quando esta sem tração.
Cuidados e recomendações no uso de cordas
Nós
São indispensáveis em grande parte das aplicações e uso de cordas. Entretanto, eles são responsáveis pela redução de cerca de 40% da resistência de uma corda.
Dessa forma, ao utilizar uma corda com nó, lembrar que sua resistência à tração está consideravelmente reduzida. O mesmo efeito deve ser levado em conta com a carga de trabalho.
Emendas
São utilizadas sempre que é necessário unir uma corda a outra. Quando bem feitas, não causam redução nas cargas, já que a corda na emenda dobra de diâmetro. São muito utilizadas para reparar uma corda quando esta sofreu abrasão muito forte em determinada secção do sem comprimento.
É mais indicado eliminar-se um pedaço de corda sensivelmente afetada pela abrasão e fazer-se uma costura de emenda.
Abrasão
É talvez uma das principais causas de desgaste e redução da vida útil de uma corda. Por ser sensível ao atrito em superfícies cortantes, ásperas e pontiagudas, as cordas devem ser manuseadas evitando-se sempre que possível este atrito. Portanto, evite o contato da corda com superfícies de grande abrasividade.
Água Salgada
É agressiva às cordas de fibras naturais, como o sisal e o algodão. Além da umidade, a água salgada pode conter bactérias específicas que levam a decomposição da fibra num processo acelerado e contínuo. Já com as fibras sintéticas, a água salgada não tem grande influência. É observado apenas um "endurecimento" da corda proveniente da absorção do sal pelas fibras, mas nada além disto.
De qualquer maneira, havendo possibilidades, lave sempre a corda com água doce após seu uso no mar.
Intempéries
A ação dos raios ultra-violeta (UV) e a umidade sobre as fibras de uma corda reduzem sensivelmente sua vida útil e a segurança no uso do produto. Portanto, evite, sempre que possível, deixar uma corda exposta ao tempo. Cordas fabricadas com fibras naturais são muito sensíveis à umidade, fator que provoca o surgimento de fungos e bactérias que a destroem. Algumas fibras sintéticas, derivadas do petróleo (polipropileno, por exemplo), podem ser sensíveis aos raios UV se não forem tratadas (estabilizadas) com produtos químicos na sua fabricação.
Temperaturas
Altas temperaturas (acima de 80 °C) ou muito baixas (inferiores a -10 °C) interferem na performance e durabilidade das cordas.
Evite a exposição e a utilização das cordas em temperaturas extremas.
Produtos Químicos
Na maioria dos casos, RECOMENDA-SE MANTER AS CORDAS LONGE DE PRODUTOS QUÍMICOS. Algumas fibras são mais resistentes do que outras a produtos de origem ácida ou alcalina.
No caso de utilização da corda requerer um contato próximo e freqüente com determinados produtos químicos, consulte o fabricante e informe suas necessidades, antes de adquiri-la.
Contato Manual
Parece que não, mas este é um item importante para o usuário de uma corda. A relação entre o diâmetro da corda, a textura de sua fibra e a mão do usuário é muito importante para sua segurança e conforto.
Fibras naturais e multifilamentadas com diâmetros superiores a 12 mm são melhores no contato manual e têm boa "pega".
Assim, procure sempre estar atento a esta relação para obter um melhor resultado!
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